Por que só existem 4 Evangelhos?
Os Evangelhos são os primeiros quatro livros do Novo Testamento da Bíblia cristã e são fundamentais para a fé cristã. Eles fornecem relatos da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mas por que existem apenas quatro Evangelhos?
O Surgimento da Tradição Oral
Após a ascensão de Jesus, seus discípulos começaram a compartilhar seus ensinamentos e experiências oralmente. Essas histórias eram transmitidas de pessoa para pessoa, evoluindo e se adaptando com o tempo. No entanto, à medida que o cristianismo se espalhava, a necessidade de uma fonte escrita confiável tornou-se evidente.
A Escrita dos Evangelhos
No final do século I e início do século II, vários indivíduos, guiados pelo Espírito Santo, escreveram relatos das palavras e ações de Jesus. Esses relatos foram influenciados pelas tradições orais existentes, mas também refletiam as perspectivas únicas de seus autores.
O Processo de Seleção
Embora muitos Evangelhos diferentes tenham sido escritos durante este período, apenas quatro foram finalmente reconhecidos como canônicos pela Igreja Cristã. O processo de seleção foi complexo e envolveu vários critérios:
- Testemunho Apostólico: Os Evangelhos selecionados foram escritos por apóstolos (Mateus, Marcos, João) ou associados próximos deles (Lucas).
- Ortodoxia: Os Evangelhos foram considerados consistentes com os ensinamentos centrais da fé cristã.
- Ampla Aceitação: Os Evangelhos foram amplamente aceitos pelas igrejas cristãs primitivas.
Os Quatro Evangelhos Canônicos
Os quatro Evangelhos canônicos são:
- Evangelho de Mateus: Escrito para uma audiência judaica, enfatiza o cumprimento da profecia e o reino de Deus.
- Evangelho de Marcos: Escrito para uma audiência romana, é o mais breve e direto dos Evangelhos.
- Evangelho de Lucas: Escrito para uma audiência grega, destaca a compaixão e o amor de Jesus.
- Evangelho de João: Escrito para uma audiência mais ampla, enfatiza a divindade de Jesus e o caminho para a salvação.
Evangelhos Apócrifos
Além dos quatro Evangelhos canônicos, existem vários outros Evangelhos conhecidos como apócrifos. Esses Evangelhos não foram incluídos no cânone bíblico por não atenderem aos critérios de testemunho apostólico, ortodoxia ou aceitação.
O número de quatro Evangelhos não é arbitrário. É o resultado de um cuidadoso processo de seleção que garantiu que os relatos mais confiáveis e autorizados da vida e ensinamentos de Jesus fossem preservados para as gerações futuras. Esses quatro Evangelhos formam o fundamento da fé cristã e continuam a guiar e inspirar os crentes até hoje.
Perguntas Frequentes
Por que outros Evangelhos não foram incluídos no cânone bíblico?
- Não atenderam aos critérios de testemunho apostólico, ortodoxia ou aceitação.
Qual é a importância dos Evangelhos canônicos?
- Fornecem um relato confiável da vida e ensinamentos de Jesus e são fundamentais para a fé cristã.
Como os Evangelhos foram escritos?
- Foram influenciados pela tradição oral e pelas perspectivas únicas de seus autores, guiados pelo Espírito Santo.
O que torna os Evangelhos canônicos diferentes dos Evangelhos apócrifos?
- Os Evangelhos canônicos atendem aos critérios de testemunho apostólico, ortodoxia e aceitação, enquanto os Evangelhos apócrifos não.
Qual a mensagem central dos Evangelhos?
- A vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, e o caminho para a salvação através dele.
Por Que Só Existem Quatro Evangelhos?
A existência de apenas quatro Evangelhos canônicos na Bíblia Cristã tem sido objeto de especulação e debate ao longo dos séculos, e vários fatores contribuíram para esse número limitado.
Influência Apostólica e Testemunho Ocular
Os quatro Evangelhos são atribuídos aos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João. No início da Igreja Cristã, os testemunhos oculares dos apóstolos eram vistos como essenciais para estabelecer a autenticidade dos ensinamentos de Jesus. Acreditava-se que esses Evangelhos continham os relatos mais precisos e confiáveis da vida e ensinamentos de Jesus, conforme transmitidos por aqueles que o conheceram pessoalmente.
Seleção e Canonização
Durante os primeiros séculos do Cristianismo, numerosos evangelhos e escritos apócrifos circularam, alegando retratar a vida de Jesus. No entanto, nem todos esses textos foram considerados autênticos ou confiáveis. No final do século II e início do século III, a Igreja começou a processar uma canonização, que era o processo pelo qual determinados escritos eram selecionados e reconhecidos como Sagrada Escritura.
Critérios de Canonização
Vários critérios foram usados para determinar quais escritos deveriam ser incluídos no cânone do Novo Testamento, incluindo: * Autoria Apostólica ou Estreita Associação: Os Evangelhos atribuídos a apóstolos ou seus associados íntimos eram considerados mais confiáveis. * Consistência Doutrinária: Os escritos deveriam estar de acordo com os ensinamentos essenciais do Cristianismo e não conter heresias. * Uso Litúrgico: Os textos que eram amplamente usados no culto e na instrução religiosa eram mais propensos a serem considerados canônicos. * Evidências Históricas: Os escritos deveriam ter ampla aceitação e evidências históricas para apoiar sua antiguidade e credibilidade.
Evangelhos Apócrifos e Outros Escritos
Embora apenas quatro Evangelhos tenham sido incluídos no cânone do Novo Testamento, numerosos evangelhos apócrifos e outros escritos que afirmavam narrar a vida de Jesus continuaram a circular. Esses textos foram considerados heterodoxos ou não confiáveis pela Igreja e não foram aceitos como Sagrada Escritura.
Preservação e Tradução
Os quatro Evangelhos canônicos foram preservados e traduzidos para vários idiomas ao longo dos séculos, tornando-os amplamente disponíveis e influentes. A sua inclusão nas Bíblias e a sua ampla disseminação contribuíram para a sua aceitação como os relatos definitivos da vida e ensinamentos de Jesus Cristo.
Influência Posterior e Interpretação
Os quatro Evangelhos serviram como base para a doutrina, liturgia e teologia cristã por séculos. Cada Evangelho enfatiza aspectos particulares da vida e ensinamentos de Jesus, e estudiosos e teólogos continuam a interpretá-los e extrair deles insights valiosos. Em resumo, a existência de apenas quatro Evangelhos canônicos na Bíblia Cristã é o resultado de uma combinação de fatores históricos, incluindo a influência apostólica, testemunho ocular, critérios de canonização, preservação e disseminação. Esses Evangelhos foram selecionados e reconhecidos como os relatos mais confiáveis e autoritativos da vida e ensinamentos de Jesus Cristo.